KAMEN RIDER ZERO ONE REAL X TIME, HENSHIN PARA A BOBAJADA

Parece até que não gostei né? Pois achou errado eu curti e me diverti HORRORES!!! Mas por que desse título? Sim o filme é bobajada os heróis parecem bonecos da antiga glaslite com uma trama genérica, porém ele no meio dessa loucura toda ele trás um debate interessante: “Os trolls da internet merecem sim: um rider kick nas fuças.

Quando se fala em tokusatsu no Brasil é tocar em sentimentos muitos profundos, a galera da geração manchete tem um amor, legítimo, por tudo aquilo que viu nos anos 80 e 90 e isso acaba causando um problema ao observar algo mais moderno, digo isso como autocrítica pois sou da geração manchete e kamen Rider me toca muito na memória afetiva, mas assim meu caro manchetossauro: “let it go” entra no clima que sim o filme é divertido e fluido, mas vamos a trama.

A trama é uma continuação da série de Zero One, então uma pessoa que não tenha visto pode se sentir um pouco perdida, mas dá para assistir de boas no decorrer você vai entendendo um
pouco daqueles personagens. O filme começa com Aruto o Kamen Rider zero-one (que nome grande) saindo na porrada com o vilão do filme: o excêntrico e elegante Es. Es é um vilão
genérico, ele vê o mundo como um lugar corrupto e sua solução é: destruir tudo. O seu plano é jogar uma espécie com gás com nano robõs que aliados a um poder quase místico transporta
algumas pessoas que ficam inconscientes em um outro plano, cabendo assim ao Aruto e seus outros amigos Kamen Riders impedirem esses ataques.

Nessas horas dou um destaque as cenas de luta, a ação permeia o filme até o fim, uma coisa que sempre admirei nos tokusatsu são as coreografias de luta sendo essas no filme empolgantes e bem coreografadas, o CGI incomoda bastante principalmente nas horas de “golpes especiais”, que parecem especiais de jogo de luta, eu acredito que isso é proposital que refletir num live action aquilo que se nos jogos. Mas apesar de bem legais, o que chama atenção no filme é o subtexto escondido por trás de todo o colorido do filme. Ali tem uma metáfora bem interessante, o vilão na verdade é ou parece um milionário com milhões de seguidores e tem uma rede social onde essas pessoas que se escondem através de avatares destilam o ódio e apoiam os planos de aniquilação de Es. Isso é uma metáfora interessante pois trata como muitas vezes o mal não tá todo em um indivíduo, mas num consciente coletivo em um conjunto de ideias validado por gente que nem é capaz de assumir isso na forma real prefere se esconder por ser mais cômodo.

Esse aspecto do filme vale muito a pena pois é muito bom quando uma obra que pode ser considerado como “bobajada” trata de um tema tão espinhoso e tão atual, é comum no tokusatsu tratarem temas relevantes a sociedade japonesa, cabe aqui lembrar do Godzilla dos anos 50 que faz referência aos perigos da energia nuclear e do mal que isso pode causar, Kamen Rider original dos anos 70 assim como Goranger(o primeiro super sentai) enfrentam inimigos com referência ao nazifascismo. Então em maio aquelas cores explosões e muitas poses têm ali uma mensagem Kamen rider zero one tem muito a falar e faz todo sentido um filme voltado para o público infaltil usar de, ouso até dizer pedagogia, para passar uma mensagem as crianças que
estão vendo.

Mesmo no final do filme eu percebendo que não sou o público-alvo, até por ser um manchetossauro acredito que com um pouco de suspensão de descrença um adulto consiga se
divertir com o filme, é complicado eu sei, o visual bonecão bem artificial que talvez para uma criança não seja um problema é esquisito, mas decidi entrar na bobajada e consegui me divertir, pois o filme é curto e bem fluido apesar dessas subtramas não fica arrastado e dinamismo toma conta da trama.

Nota:

Quem Escreve

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *