Crítica do filme Uma Quase Dupla
Uma Quase Dupla de Marcus Baldini apresenta Keyla (Tatá Werneck), uma policial do Rio de Janeiro que é enviada para Joinlândia, uma pacata cidadezinha
interiorana que teve uma ocorrência de assassinato. Com isso, a investigadora carioca se junta ao subdelegado Claudio (Cauã Reymond) para desvendar o crime e prender o assassino. Repleto de clichês e estereótipos absurdos, o filme é um divertido besteirol, porém estilo da sessão da tarde.
Com piadas atrás de piadas, onde tem investigador pegando evidências sem luvas, disparando arma a torto e a direito, até lamber o chão (e o dedo de cadáver) para encontrar pistas… obviamente não deve ser levado a sério, caso contrário será um simples pastelão.
Tatá Werneck está interessante em seu papel de policial durona que precisa provocar todos que estão à sua volta o tempo inteiro (e nunca consegue acender o
cigarro! -> está no trailer). Já Cauã Reymond faz um ‘filhinho de mamãe’ enjoado e extremamente forçado, com cenas que não são engraçadas e sim estúpidas que ultrapassam o ridículo.
O elenco de apoio está OK, tendo como ponto forte a ambientação que, a princípio lembra Bento Gonçalves ou Garibaldi no Rio Grande do Sul, com estação de trem antiga e Maria fumaça, contudo os créditos finais agradecem às cidades de Vassouras e Resende. O clima do filme é exatamente este de cidade do interior, com vizinhos felizes que a gente tem vontade de sentar para tomar um café e bater um papo descontraído.
Uma Quase Dupla é uma comédia rasa, com piadas engraçadas e clichês exagerados que provocam o riso constantemente.