Crítica do filme sobre a Primeira Guerra, Herói de Sangue
No filme Herói de Sangue (no original Tirailleurs e em inglês Father and Soldier) um pai se alista no exército francês para ficar com seu filho adolescente, de 17 anos, que foi recrutado contra sua vontade para a Primeira Guerra Mundial. Enviados para o front, eles se encontram enfrentando a guerra juntos na colônia francesa do Senegal.
No novo longa-metragem dirigido por Mathieu Vadepied (de Intocáveis), são utilizadas apenas duas línguas: o wolof e o fulani… e raríssimas vezes o francês. O filme, que tem 1 hora e 40 minutos de duração, conta com o ator Omar Sy (Intocáveis, Lupin, Jurassic World Domínio) como o pai que vai fazer de tudo para salvar seu filho da morte certa, numa guerra que eles não tinham porque participar.
O filme é baseado em fatos da Primeira Guerra que ninguém conta. Mais de 200.000 fuzileiros, recrutados ou alistados à força em toda a África, lutaram nas frentes da Primeira Guerra Mundial e da Segunda Guerra Mundial. Mais de 30.000 perderam a vida, centenas foram baleados pelo exército francês por desertar na Primeira Guerra ou por rebelião durante a Segunda Guerra Mundial, principalmente em Thiaroye, nos subúrbios de Dakar, e dezenas de milhares retornaram inválidos ou ferido.
Herói de Sangue é uma homenagem aos soldados africanos que a França tentou esquecer. É apelo anti-guerra e anticolonialista, que não precisa de drones ou mil efeitos especiais para transmitir o caos e o horror da guerra. O foco do filme é bastante na relação entre pai e filho, tendo como pano de fundo uma batalha onde o regimento em que se encontravam, precisava recuperar a posição num monte em que se ficava um forte alemão.
Se você gosta de filmes de guerra, vale conferir Herói de Sangue que estreia dia 13 de julho nos cinemas.
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