Crítica do filme John Wick 3 Parabellum

Nesta semana estreia nos cinemas brasileiros a continuação da saga de John Wick (Keanu Reeves), que desta vez tem o subtítulo Parabellum, que significa “prepare-se para a guerra”.

O diretor, Chad Stahelski, em entrevista à revista Empire disse “quero que os espectadores se cansem de tanta ação”, e ele não estava exagerando. O filme que tem mais de duas horas de duração conta com longas sequências de lutas memoráveis, tiros intermináveis (por falar nisso quantas balas cabem em uma arma comum? De acordo com o filme, infinitas), e facadas em lugares exóticos. Aos mais sensíveis algumas partes do filme causam um certo arrepio, como uma facada no globo ocular. Como amante de filmes de terror, estava esperando mais sangue, mas parece que a produção quis economizar neste artifício. Mesmo com dezenas de mortes e ferimentos a queima roupa, parece que as pessoas morriam de susto e não do ferimento, pois raramente alguém sangra, mesmo que caíssem de um prédio de 4 andares, batendo nas escadas de incêndio.

O curioso é que mesmo sendo um filme de ação, há alguns momentos de comédia. Não que tenham feito alguma piada, mas as situações eram tão absurdas que chegava a ser engraçado de como aquilo poderia acontecer. Como comum deste gênero, a história em sí muitas vezes ficava em segundo plano. As pessoas se batiam e se atiravam mesmo sem saber por que. Isso de certa forma ficou enjoativo no filme. Aliás, ao se pensar em toda a saga a questão da história motivadora parece ser algo não tão importante.

Vale lembrar que tudo começa por que o filho do chefe do sindicato do crime russo rouba seu carro e mata seu cachorro, no primeiro filme. O segundo filme narra a sede de vingança de John Wick ao perceber que foi enganado por um dos membros do conselho deste sindicato. O terceiro filme começa como sequência imediata dos acontecimentos do segundo filme, com nosso assassino “aposentado” lutando e correndo contra o tempo pois acaba de ser excomungado e tem sua cabeça posta a prêmio. O terceiro filme tem uma proporção de 30:5. 30 minutos de porradaria por 5 de história. A história tem muitas reviravoltas, traições, surpresas, emoções e atuações surpreendentes e eletrizantes, como Anjelica Huston e Halle Berry.

Depois de tudo o que eu vi, fica a dúvida: POR QUE ALGUÉM AINDA ACHA QUE VAI CONSEGUIR MATAR O JOHN WICK? Ele é tão incrível e nada crível (com o perdão do trocadilho). A Marvel deveria tê-lo incluído em seus filmes para destruir o Thanos.

 

Nota: 5 (se for comparar com os demais filmes da franquia) ou 7 (se você tiver assistindo esse filme isoladamente sem nunca ter assistido outro filme da franquia)

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