Crítica do filme Deadpool 2 – SEM SPOILER!
Deadpool 2 é muito mais do mesmo: mais humor, mais violência, mais referências, mais personagens… O longa investiu em tudo onde o primeiro acertou, escrachando ao máximo na galhofa e no humor negro, algumas piadas sendo extremamente pesadas (chegando a ter uma de suas cenas pós-créditos cortada devido ao peso que tudo teria).
O filme mostra que o mercenário tagarela está ativo (e não no sentido sexual da coisa), fazendo o que faz de melhor: matar e falar besteira; contudo, Wade Wilson (Ryan Reynolds) sofre uma enorme reviravolta climática – que não vale a pena ser contada, pois seria spoiler –, mas vale ressaltar que é amparado por seus amigos X-men (o Colossus, Stefan Kapicic com seu lindo sotaque russo e a belíssima Brianna Hildebrand de Míssil Adolescente Megassônico). Embora ainda rasa, a participação dos mutantes está diretamente ligada aos acontecimentos da continuação. O preconceito mutante, tão marcado na franquia dos X-men, tem grande ênfase e a trama se inicia devido ao problema gerado por jovem mutante incendiário (Julian Dennison). Em meio a isso surge o mutante do futuro, Cable (Josh “Thanos” Brolin), embora não tenhamos muito de seu histórico, já se sabe que Brolin assinou contrato para mais filmes, então teremos mais informações sobre Cable (por favor, falem sobre o
vírus legado, Marvel… nunca te pedi nada). Tal como conquistou com seu carisma soturno como Thanos, Josh Brolin repete a dose com um Cable duro, calado e muito bom de briga, típico brucutu dos anos 80. As cenas de ação que envolvem ele são
impressionantes!
O elenco de apoio faz Deadpool se tornar o “Todo Mundo em Pânico” dos super-heróis, onde o filme consegue fazer piada consigo mesmo e com personagens de universos diferentes, seja da própria Marvel ou mesmo da DC (não é spoiler, já que essa menção tem no trailer). E ainda satiriza outros longas (como já foi mostrado na divulgação a célebre cena de Flashdance), conseguindo fazer referência a animação Frozen e ao clássico Entrevista com o Vampiro! S2 sim, orgasmos múltiplos.
A trama em si é besta e descartável, mas o filme nunca quis se levar a sério quanto a isto. É algo para assistir e rir da primeira cena até a última pós-crédito. Quem acompanha a enxurrada de filmes de super-heróis, acabará captando as falas que fazem referência aos outros filmes. Para quem não tenha visto, pode ser que algo passe batido, mas as piadas parecem não ter fim. Inclusive, o filme está mais pesado e apelativo. A conotação sexual, antes menos explícita, agora é falada em diálogo e metáforas o tempo inteiro, o jeitinho Deadpool de ser.
Inclusive, sobre a cena pós-crédito cortada…
PARE DE LER A PARTIR DAQUI, POIS PODE SER UM SPOILER DAS DEMAIS CENAS PÓS-CRÉDITOS:
Deadpool voltaria no tempo até o berço de Hitler e estrangularia Adolph Hitler ainda bebê… em sua primeira exibição de teste, o público achou a piada de extremo mau gosto e pouco engraçada e, por exigência da Fox, foi descartada.
FIM DOS POSSÍVEIS SPOILERS.
O filme merece nota 10, já que é tão bom quanto o primeiro e continua reinventando o gênero de super-heróis, tal como Guardiões da Galáxia e Thor Ragnarok. Aguardando ansiosamente para a Disney/ Marvel reaver os direitos de seus personagens da Fox para ver os mutantes (e junto Deadpool, obviamente), integrados ao MCU.