Ragnarök Online, um dos MMORPG’s mais icônicos do Brasil, acaba de completar 18 anos de operação no país e para relembrar e celebrar a sua trajetória, a Level Up realizou diversas ações durante o mês inteiro para a comunidade e fãs do jogo que marcou gerações.
As comemorações foram iniciadas na Taverna Medieval em um evento presencial e aberto para a comunidade em São Paulo, após dois anos sem encontros devido a pandemia. Jogadores e staff do icônico MMO se encontraram para falar sobre updates, expansões, novidades do jogo, além, é claro, de matarem a saudade. Também contaram com a participação do Influenciador Tixinha, comentarista de Valorant que é um conhecido talento da comunidade e possui fortes vínculos com o MMORPG para um Meet & Greet.
O evento foi realizado em um ambiente temático do restaurante, chamado de “Masmorra”, e decorado com a temática de Ragnarök Online 18 anos, que contou com cardápio personalizado, inclusive com comidas e bebidas que faziam alusão ao jogo. No dia também houve um concurso de cosplay de baixo custo com medalhas aos participantes.
Ragnaday/Reprodução: Level Up
O MMORPG também fez diversas ações online, como um evento de cosplay, cujo resultado será divulgado dia 07/10, disputa de Fan Art, e claro, manutenção, novidades no servidor, Ticket de Promoção e eventos in-game, como Festival do Melão, Evento de Refino, Nova Kachua e o tão desejado update, a Ilusão da Tartaruga e do Vampiro, que trouxe diversas novidades e qualidades de vida no jogo.
Na última quarta-feira, 28, aconteceu o Ragnaparty, um evento misto para imprensa, criadores de conteúdo e convidados com live especial para a comunidade. A comemoração para lá de animada foi realizada no Kat Klub, na Rua Augusta em São Paulo.
Glaucio Marques, CEO da Level Up Brasil e LATAM iniciou a festa relembrando a história do jogo e das empresas de games: “Ragnarök Online foi o primeiro jogo totalmente localizado no Brasil, um jogo que misturou a coragem da Gravity, que hoje é a WarpPortal, e a Level Up em investiram no mercado brasileiro, com muita determinação e competência. Ragnarök é um dos únicos jogos daquela época que está vivo até hoje, com uma comunidade ativa e com memórias muito marcantes também.”
Em 2004 a conexão ainda não era banda-larga na maioria das casas do Brasil, era conexão-discada, e para distribuir o jogo a Level Up realizou parcerias, como as revistas e cereais matinais famosos da época, que vinham com o CD, e logo em seguida o DVD para ter mais capacidade. “Então, além de marcar gerações, também marcou a evolução da tecnologia nos games nesses 18 anos, e a gente entende que não é só mais um jogo, ele é parte da vida em que as pessoas fizeram amigos, casaram, tiveram relacionamentos, criaram laços e isso é muito recompensador para todos nós”, afirma Glaucio.
Confira aqui o depoimento de alguns dos jogadores de Ragnarök Online.
“Tô curtindo muito a festa e estou feliz de encontrar várias pessoas que eu acompanhava desde criança, e que finalmente encontrei pessoalmente. É bastante gratificante reforçar a comunidade que está há muito tempo sendo construída, e claro, ver o jogo vivo depois de tanto tempo! Eu cresci, virei adulto e continuo ligado no game”, completa Guto Barbosa, do canal Cronosfera. Guto é criador de conteúdo no Youtube e fala sobre animes, mangás e cultura japonesa, mas tudo começou na infância, com games como Ragnarök Online e Perfect World, que instigou o seu interesse e consumo de conteúdo de anime.
Já a Lu Himura, cosplayer e apresentadora do Bunka Pop, confessou que o local da festa também era muito marcante para ela, já que havia começado a jogar Ragnarök Online na Lan House que era logo em frente: “Foi quando eu sentei a primeira vez para jogar, então para mim está sendo um encontro de vida. Eu e meu duo jogamos desde aquela época, 18 anos atrás, e também foi por meio do jogo que conheci o meu melhor amigo no cosplay, ele estava como Assassin Cross e hoje na festa ele está como Assassin Cross também, então são muitos reencontros e histórias que eu vi acontecer, tudo porque eu despretensiosamente sentei pra jogar, porque o jogo tinha cara de anime”, completa Himura, que segue conversando com a comunidade de games através dos seus cosplays.
A festa de aniversário também foi uma realização para os profissionais por trás do jogo. A Melissa Morato, Especialista de Mercado na Gravity Inc. começou a trabalhar com o Ragnarök Online antes mesmo do lançamento no Brasil, fazendo a tradução de conteúdo em 2003 e nunca imaginou que o jogo chegaria tão longe.
“Hoje eu acredito que qualquer brasileiro tem apenas dois graus de separação do Ragnarök, isso por que ele fez parte da história da internet no país, sendo o primeiro jogo totalmente em português, com servidores nacionais e voltado ao público brasileiro, com compra em real, muita parceria e estrutura. Os comerciais por exemplo não vendiam o Ragnarök, os comerciais apresentavam o que era um jogo online e como isso era possível, além de conhecer e interagir com pessoas do Brasil inteiro. Então, o que eu observei ao longo de mais de 18 anos com o jogo é que qualquer brasileiro conhece outra pessoa que tem uma história ou que jogava Ragnarök Online em até dois graus. Se não é seu amigo, é o amigo do seu amigo, a cabeleireira da sua mãe… são sempre até dois passos para encontrar uma conexão com o jogo”, Melissa ainda conta como o Ragnarök mudou a sua vida: Nascida nos Estados Unidos, ficou no Brasil a trabalho e casou-se no ano que o jogo foi lançado com um colega de trabalho, também tradutor do jogo, e grande parte de sua carreira está totalmente voltada ao MMORPG.
“Espero que nos próximos anos o jogo continue trazendo novas memórias e histórias para as pessoas. Ragnarök só existe por causa da comunidade, da conexão, das piadas, e apesar de ser um jogo de estilo mais antigo que os atuais, ele tem muitas opções e é muito adaptável para vários estilos de jogadores. Você faz o seu próprio jogo. Se prefere explorar, se você se importa mais com o visual, se quer ser mais forte, mais rápido, se quer ser um apoiador que ajuda outras pessoas… Por isso é um jogo relevante e enquanto houver pessoas querendo jogar, Ragnarök vai continuar existindo”, completa.
Outro profissional muito conhecido na comunidade de Ragnarök Online é o Kauê, mais conhecido como Rufio, Gerente de Produto na Level Up: “Não é todo dia que um jogo faz 18 anos, isso é bem fora da curva porque os jogos hoje em dia tendem a morrer muito antes. Como a gente pode ver, pessoas que estão em outros setores de jogos, como o mobile por exemplo, também começaram no Ragnarök Online. Muitos casters e jogadores de League of Legends jogaram Ragnarök anteriormente em suas vidas, então vemos que é um jogo que é a base do cenário de games no Brasil e que também fundamentou o cenário de eSports com campeonatos internacionais”.
Sobre o futuro do jogo, Rufio afirma que ainda tem muito conteúdo para ser lançado e para ele é isso que torna o trabalho ainda mais divertido: “Eu quero que os jogadores tenham essa gana. Muitos jogadores voltam para o Ragnarök pela nostalgia, mas sempre trazendo algum amigo, uma amiga, namorada, alguém que também cria essa ramificação de novos jogadores. E ter novos jogadores em um jogo de 18 anos é algo sensacional e é isso que me intriga, por que eu como jogador, sei como um jogador antigo pensa, o que ele quer, o que ele não gosta, e isso também me instiga a trazer novos conteúdos para esses jogadores novos”.
Publicitária e analista de TI. Fundadora do Minha Vida Geek. Já criou conteúdo para portais como Tech Tudo e Olhar Digital. Atuante no evento boardgamer SeJoga. Não consegue passar um dia sem assistir um seriado, ama jogar videogame e é viciada em Resident Evil (e nunca diga que é jogo de zumbi). Adora ler livros de fantasia nas longas viagens de ônibus pelos trânsitos do Rio de Janeiro.